O reverendo Hernandes Dias Lopes, da Igreja Presbiteriana de Pinheiros (SP), não escondeu a preocupação com a situação da Igreja Evangélica Brasileira nos últimos anos. Para ele, a instituição tem experimentado uma forte apostasia, ou seja, tem se desviado do verdadeiro Evangelho.
Contexto cultural ajuda a explicar apostasia da igreja
O reverendo destaca que a formação histórica e cultural no Brasil pode servir como base para entender o fenômeno que o país enfrenta.
“O Brasil é um canteiro fértil do sincretismo religioso. Assim como nós brasileiros somos uma mistura de raças, com indígenas, africanos e europeus e temos essa cultura tão mesclada”, explica.
“Religiosamente, prospera nesse canteiro fértil o sincretismo, a mistura de muitas crenças. O que estamos assistindo hoje, até meio chamado evangélico, é o afastamento da verdade. É um desvio quase que radical daqueles pilares, verdades essenciais da fé cristão, que chamamos de doutrina dos apóstolos, a verdade das escrituras”, afirma.
Igrejas têm adotado práticas não-cristãs
Com isso, Hernandes entende que muitas práticas não cristocêntricas têm sido introduzidas nas igrejas atuais.
“Muitas novidades têm sido introduzidas na Igreja de Deus, muitas doutrinas estranhas, práticas completamente distorcidas e contrárias ao ensino fiel das Escrituras”, lamenta.
“Muitos pregadores pregam para agradar o auditório, para buscar popularidade, angariar dinheiro. Abandonaram o antigo Evangelho, o puro e único Evangelho de Cristo Jesus”, disse.
Apostasia já era previsto na Bíblia
Além disso, Hernandes Dias Lopes lembra que o próprio apóstolo Paulo já precisou tratar da questão ainda nos tempos da Igreja Primitiva.
“O apóstolo Paulo denunciou essa apostasia em sua carta aos Gálatas, quando alguns membros da seita dos fariseus começaram a perverter o Evangelho e perturbar a igreja gentílica, introduzindo a questão da circuncisão, gerando um falso evangelho”, narra.
Qual é a solução?
Desse modo, o reverendo afirma que somente um movimento similar ao ocorrida na Reforma Protestante, no século XVI, pode salvar a Igreja Evangélica Brasileira.
“Nós precisamos de uma reforma religiosa. E como reforma, não estou pensando em novidades, mas sim que a igreja evangélica brasileira precisa voltar para as escrituras, para os mesmos princípios da Reforma Protestante: Só a Escritura, a Fé, a Graça, Cristo e somente a Deus toda a Glória”, ressalta Hernandes.
“Qualquer outro evangelho que não seja essa verdade pura e simples, de Cristo, sua morte e ressurreição, sua presença e Glória manifesta, Ele reinando, supremo, com a promessa de voltar e buscar sua igreja, não é o Evangelho de Cristo”, aponta.
“É hora de voltarmos ao Evangelho da Graça. É o único que pode trazer esperança para o seu coração”, conclui.
2 Comentários
maluco, fundamentalista, retrógado.
A religiaõ precisa sim de um reforma, mas de uma reforma que a atualize, que a torne mais tolerante, que se seja inclusiva, que olhe para o meio-ambiente, que olhe para o ceu e reconheça o que os telescópios Hobble e James Webb estão enxergando nesse cosmo maravilhoso. Se a igreja se diz cristã, então que valorize o novo testamento e esqueça o velho testamento, coisa de judeu etnocêntrico.
Principal mudança seria abandonar o fanatismo político que foi que ocorreu recentemente.