Na segunda-feira (12), o cacique Serere Xavante foi preso pela Polícia Federal após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) por liderar e participar de atos contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília.
O indígena é cristão e nas últimas semanas aproveitou o tempo para evangelizar os manifestantes que estão na porta do Quartel General do Exército.
Diversos vídeos mostram Serere orando e levando as pessoas a aceitarem Jesus como Salvador ao mesmo tempo que liderava protestos contra Lula.
A fé do indígena ficou ainda mais evidente na prisão. O filho de Serere aparece em um vídeo dizendo que quando os agentes federais foram prendê-lo, ele pediu um momento para orar a Deus.
Apesar da violência que a família do cacique informa que ele sofreu, o indígena exerceu sua fé mesmo diante do que acontecia.
Serere é levado para a Papuda
O cacique Serere foi levado da sede da Polícia Federal para o presídio da Papuda. Antes da transferência, ele pediu novamente para orar.
Ao lado de outro indígena Xavantes, o cacique ora em sua língua e as cenas gravadas provavelmente por um agente da PF foram compartilhadas nas redes sociais.
Nesta terça-feira (13), o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão temporária do cacique. Por volta das 18h30 a audiência de custódia foi encerrada e a decisão é que o indígena não seja solto. Ele permanecerá detido no Complexo Penitenciário da Papuda.
O STF anunciou nas redes sociais que a prisão se dá por “indícios da prática de crimes em atos antidemocráticos”.
O pedido partiu da Procuradoria-Geral da República que acusa o indígena de se utilizar da sua posição de cacique para “arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito e de ministros do STF”.
O poder da oração
O pastor Hernandes Dias Lopes comenta o poder da oração, a ferramenta espiritual escolhida pelo cacique Serere. Assista: