O pastor Silas Malafaia foi alvo de uma ação da bancada do PSOL na Câmara que pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele seja investigado no inquérito das “milícias digitais”.
Isso porque o pastor cobrou o presidente Jair Bolsonaro para que ele invoque as Forças Armadas “contra Alexandre de Moraes”.
“Senhor presidente Jair Messias Bolsonaro, o senhor é o presidente em exercício, o senhor tem poder de convocar as Forças Armadas para colocar ordem na bagunça que esse ditador fez”, disse o pastor.
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O PSOL acredita que existe “um modus operandi” entre os apoiadores do atual presidente para ” atacar as instituições, incitar a violência e manter um clima constante de guerra: tudo isso para manter seus seguidores radicalizados e engajados”.
Malafaia responde ao PSOL
Sem medo, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo chama a bancada do partido de “cretinos e desgraçados” e que eles são ditadores comunistas que querem calar seus opositores.
“Eu desafio alguém provar que o que eu falo é antidemocrático. Nunca apoiei ninguém para ir a porta de quartéis. Nunca apoiei essa conversa de intervenção militar”, declara.
Malafaia faz acusações ao partido de esquerda, listando garantias da Constituição que a legenda é contra.
“PSOL, vocês não deixam de ser puxa-saco e baba ovo do PT e dos seus governos corruptos”, declarou.
A participação ativa do religioso na política acontece desde 2013, como um dos principais líderes no segmento evangélico, Malafaia tem muita influência não só na Assembleia de Deus, como em outras denominações.
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O apoio a Jair Bolsonaro, desde 2018, colocou Malafaia ainda mais em destaque, pois ele atuou também como conselheiro do presidente.
Essa aproximação, todavia, não foi bem recebida. O pastor, que já era atacado por sua visão contrária à união entre pessoas do mesmo sexo, passou a ser perseguido também por sua visão política alinhada à direita.
Neste vídeo do reverendo Hernandes Dias Lopes sobre a relação que o cristão precisa ter com a política. Assista: