O partido PSOL entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro Alexandre de Moraes inclua o pastor Silas Malafaia no inquérito das milícias digitais.
A investigação, relatada por Moraes, tenta encontrar uma suposta organização que atua para espalhar notícias falsas contra desafetos do presidente Jair Bolsonaro.
Nesse mesmo inquérito estão as fakes news e as organizações de manifestações pacíficas que são chamadas por Moraes de “atos antidemocráticos”.
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A ação contra o pastor Malafaia é assinada pelos deputados do PSOL Sâmia Bomfim (SP), Vivi Reis (PA), Fernanda Melchionna (RS), Ivan Valente (SP), Áurea Carolina (MG), Glauber Braga (RJ), Luiza Erundina (SP) e Talíria Petrone (RJ).
Porque o PSOL quer a cabeça de Malafaia?
O motivo para que o PSOL entre com uma ação contra o pastor Silas Malafaia está relacionada a um vídeo que o religioso compartilhou no começo da semana.
O líder assembleiano pediu ao presidente Jair Bolsonaro que conclame o artigo 142 da Constituição Federal para que as Forças Armadas reestabeleçam a ordem no país.
“Senhor presidente Jair Messias Bolsonaro, o senhor é o presidente em exercício, o senhor tem poder de convocar as Forças Armadas para colocar ordem na bagunça que esse ditador fez”, disse Malafaia.
Na visão do PSOL, a fala do pastor tem “intenções de ruptura democrática nítidas” e que as manifestações extrapolam a liberdade de expressão.
Para ele, a única solução para dar uma resposta ao ministro do STF é através das Forças Armadas. Todavia, o pastor entende que os militares não pode agir sozinho.
Protestos por intervenção federal
Caso assim o façam, respondendo aos pedidos dos brasileiros que há mais de um mês estão protestando nas portas dos quartéis, os militares estariam dando um golpe.
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A fala do pastor Malafaia não foi bem recebida pela esquerda e o PSOL não quer apenas que ele seja investigado, mas que tenha seu sigilo telefônico quebrado.
O pastor Claudio Duarte já havia adiantado que opiniões contrárias à esquerda sofreriam perseguições. Assista e relembre: