Dentro de usos e costumes de algumas denominações evangélicas, o uso de um véu para cobrir a cabeça das mulheres é obrigatório.
A explicação para esta imposição é justificada pelo versículo de 1 Coríntios 11:5 que diz: “Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça, porque é a mesma coisa como se estivesse rapada.”
O trecho bíblico é interpretado de formas diferentes por teólogos das mais diferentes igrejas, assim, podemos encontrar quem defenda e quem desaconselha o uso.
Qual é a explicação para essa doutrina?
O pastor Lúcio Andres, da Igreja Oceano da Graça, foi questionado nas redes sociais sobre este costume de igrejas como a Congregação Cristã do Brasil.
Ele, que é de uma igreja neopentecostal, tem um entendimento completamente diferente sobre o uso do véu.
“Paulo indicou o uso de véu, para que as mulheres não fossem discriminadas”, ensinou Andres.
Segundo ele, o versículo de 1º Coríntios é uma recomendação para aquela cidade grega onde as mulheres raspavam os cabelos para mostrar que eram prostitutas.
Quando se tornavam cristãs e abandonavam a prostituição, elas sofriam preconceito por estarem com os fios curtos.
Assim, segundo o pastor, o uso do véu resolveria a questão, pois ex-prostitutas e as demais cristãs estariam cobertas e ninguém saberia o passado das mesmas.
Uso do véu não é para a nosso tempo
Segundo a explicação do pastor Andres, o uso do véu era exclusivo para a igreja de Corinto, não sendo recomendado nos dias atuais.
Mas ele não é o único a rejeitar este costume. Outras lideranças como o pastor Augustus Nicodemus Lopes, da Igreja Presbiteriana, também rejeita o uso.
Na explicação, porém, ele entende que o véu seria para mostrar a submissão da mulher para o homem e que hoje, na nossa cultura, este acessório não faz sentido.
O pastor Hernandes Dias Lopes fala contra o legalismo de muitas denominações que aplicam regras humanas que não possuem base bíblica. Assista: