A candidata ao governo do estado da Geórgia, nos Estados Unidos, Stacey Abrams, é conhecida por seu ativismo pró-aborto e ela tem deixado bem claro o que pensa sobre o assunto em todos os eventos e entrevistas que participa.
Recentemente, ela afirmou à imprensa que o aborto legal beneficia as mulheres financeiramente, ajudando a isolá-las da inflação.
“Ter filhos é o motivo de você se preocupar com o preço da gasolina”, disse Abrams à MSNBC.
“Você não pode se separar de ser forçada a carregar uma gravidez indesejada das realidades econômicas de ter um filho”, completou.
Na visão da democrata, finanças pessoais e filhos não podem ser separados, pois os custos de alimentação são uma preocupação para as mulheres que não desejam ser mães.
“O aborto é uma questão econômica”, disse ela. “… Metade da população, especialmente aquelas em idade fértil, entende que ter um filho é absolutamente uma questão econômica”.
Aborto como debate político
Abrams enfrentará nas urnas o atual governador da Geórgia, Brian Kemp, politico republicano que é contra a legalização do aborto.
O tema que difere os candidatos tem sido um dos pontos altos do debate político nos Estados Unidos, pois recentemente a Suprema Corte resolveu revogar uma decisão de 50 anos que garantia o direito ao aborto legal em todo o país, por qualquer razão.
Pelo entendimento dos novos juízes, cabe aos estados legislar e definir as condições para que a interrupção da gravidez seja aceita.
Dessa forma, os candidatos ao governo estão se dividindo entre pró e contra o aborto, enquanto debatem outros temas importantes para a população.
Cada vez menos pessoas desejam ter filhos
Um artigo recente do Wall Street Journal relatou que criar um filho custa 300 mil dólares, enquanto que a renda anual de uma família nos Estados Unidos é de 68 mil dólares.
Mas não é só isso, além da questão financeira apontada pela candidato para autorizar o aborto, outros pontos contribuem para que a paternidade seja rejeita principalmente pelas gerações mais jovens.
Um deles é a presença cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho, adiando assim a maternidade.
Um estudo sobre a taxa de fertilidade nos EUA mostra que na década de 1960 as famílias tinham em média 3,6 filhos. Atualmente esta média é de 1,7 filhos.
A pastora Helena Tannure é contra o aborto e tem uma mensagem interessante sobre como os pais devem tratar os seus filhos. Assista: