Com o início da Copa do Mundo do Catar neste domingo, muitas pessoas já compraram a camisa da seleção brasileira para torcer pelo hexacampeonato. Mas uma decisão da Nike, fornecedora de materiais esportivas do Brasil, chamou a atenção durante a semana: nomes religiosos, como Jesus ou Cristo, estão vetados na personalização dos uniformes.
Copa do Mundo fomenta discussão sobre discriminação racial
A decisão veio para acatar um pedido do Ministério Público Federal. Isso porque o órgão entendeu que, como nomes e termos relacionados a outras religiões, como de matriz africana, estavam vetadas, palavras do Cristianismo também deveriam ser proibidas.
Diante disso, a decisão da empresa norte-americana foi de vetar qualquer termo religioso nas camisas, para evitar que ocorre discriminação religiosa.
Preço salgado
A decisão dividiu opiniões nas redes sociais. Há quem concorde com a decisão, mas houve também amantes do futebol que não curtiram a posição da Nike.
Na prática, o que mais foi questionado foi o fato de a camisa já ter um preço alto: R$ 349,99, com a personalização custando R$ 14,99. Por isso, alguns torcedores da seleção brasileira entendem que deveriam ter o direito de colocar termos religiosos como personalização da peça.
Camisa da seleção no centro do debate politico
Além disso, o fato faz com que a camisa da seleção brasileira una uma discussão bastante polêmica: futebol, política e, agora, a religião.
Basta lembrar que o uniforme da seleção brasileira virou símbolo nas recentes manifestações politicas nas ruas do país. O problema para muitos, no entanto, foi o fato de ela ficar diretamente associada ao espectro político do bolsonarismo.
Futebol, política e religião se discute?
Para concluir, o reverendo Hernandes Dias Lopes a máxima que se popularizou, de que futebol, religião e política não se discute. No trecho em questão, ele fala sobre a relação que o cristão tem com o futebol.