Como é o relacionamento com o seu pai? A resposta desta pergunta pode trazer respostas sobre a forma como você se relaciona com Deus.
A afirmação não é novidade, o filósofo cristão JP Moreland já falava sobre isso há algumas décadas, quando, ao debater com um ateu, fez uma pontuação expressiva.
“Se você é ateu, aposto um bife que você teve problemas de autoridade com uma figura paterna”, disse ele.
Moreland, então, listou vários nomes de ateus notáveis como Voltaire, David Hume, Karl Marx, Friedrich Nietzsche, Sigmund Freud, entre outros.
Segundo o estudioso, todos eles ou tiveram um pai ausente, ou abusivo ou mantiveram um relacionamento complicado com seu progenitor.
Pensar em Deus como pai sem ter uma boa referência com a figura paterna pode impedir que você desenvolva uma crença de confiança e devoção.
Afinal, como você pode acreditar em alguém que representa algo que te traz tristeza ou revolta?
Por que o relacionamento com o pai interfere na fé?
Na maioria das vezes, quando os pais são ternos, amorosos e compassivos, isso se presta a acreditar que Deus também é assim.
Da mesma forma, se o pai era abusivo, ausente física ou emocionalmente, o filho adulto também pode acreditar que essa é a natureza de Deus.
Kia Stephens, pesquisadora sobre famílias, fez um estudo para comparar a relação entre ter um pai ausente na infância e como essa pessoa vê Deus na fase adulta.
“Examinar o relacionamento com meu pai terreno era um pré-requisito para abraçar Deus como Pai. Durante uma sessão de orientação, descobri como diferentes tipos de pais terrenos afetam nosso relacionamento com Deus”, explicou ela em seu blog.
Pais autoritários, abusivos, distantes, passivos ou ausentes trazem prejuízos para a vida espiritual dos filhos.
Para resolver esses problemas, Stephens ensina que é preciso quebrar mentiras lançadas nas mentes.
Depois, ressignificar o relacionamento com seu progenitor e com Deus.
“Meu pai é como eu – imperfeito, quebrado e precisando de um salvador”, ensina ela. “Embora os pais possam refletir o coração de Deus, eles não são Deus e devemos fazer a distinção”, completa.
A pastora Helena Tannure tem uma ministração sobre essa questão que envolve tratar Deus como um pai. Assista: