A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) foi uma das pessoas que contribuíram para a “Carta aos Evangélicos” emitida pelo Partido dos Trabalhadores para atrair o público cristão e ganhar votos para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República.
Por sua participação e apoio ao petista, a parlamentar enfrentou a desaprovação do seu principal apoio eleitoral em seu estado: a Igreja Assembleia de Deus.
Eleita com aval da Convenção Estadual de Igrejas Evangélicas das Assembleias de Deus no Maranhão (CEADEMA), Eliziane se tornou alvo de críticas.
A CEADEMA, inclusive, emitiu uma nota de repúdio contra ela, um documento assinado pelos pastores e distribuído nas redes sociais.
Na nota, a entidade se refere a “atuação de Eliziane no Senado Federal e, sobretudo, pela declaração de apoio no 2º turno da eleição presidencial ao candidato Lula”.
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Segundo eles, ao apoiar o ex-presidente, a senadora se coloca “em discordância com o posicionamento da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e da convenção CEADEMA que já declararam oficialmente apoio ao candidato Bolsonaro”.
Mas não é só isso! A convenção também deixa claro que está com a atuação de Eliziane desde o início do mandato, pois ela “tem dado sinais claros, através de seus discursos e posicionamentos, da falta de compromisso com a CEADEMA, inclusive com os termos assinado pela senadora na homologação da sua pré-candidatura”.
Senadora busca se defender dos ataques
A senadora Eliziane Gama, por sua vez, emitiu uma nota contra a CEADEMA, defendendo sua liberdade de escolha e se posicionando como evangélica que aceitou a Jesus aos 16 anos.
“O ser humano não pode ter sua conduta avaliada em partes, mas na sua plenitude. Se alguém desejar se colocar como juiz das minas ações precisa reconhecer que como parlamentar sempre lutei na defesa da vida e da família”, disse ela.
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Eliziane também pede que a convenção liste as ações ela ela cometeu que eles não gostaram e que retirem a carta de repúdio de circulação.
Eliziane Gama já recebeu críticas da Assembleia de Deus em 2018
Essa não é a primeira vez que a posição política ligada à esquerda da senadora gera crítica dos evangélicos.
Em 2018, Eliziane Gama também apoiou o Partido dos Trabalhadores e Igreja Assembleia de Deus em Itinga do Maranhão, presidida pelo pastor José Cardoso, da COMADESMA, emitiu uma nota de repúdio contra ela.
Na época, Fernando Haddad (PT) disputava a eleição com Jair Bolsonaro. Eleita com o apoio dos evangélicos, a senadora desagradou seu público ao declarar seu apoio ao petista, enquanto a Assembleia de Deus se posicionava contra.
Confira a seguir o que o pastor Claudio Duarte fala sobre as escolhas políticas. Assista: