A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, se identifica como cristã e, ao mesmo tempo, é defensora do aborto.
Enquanto muitos cristãos apontam para um conflito entre o cristianismo e a defesa da interrupção da gravidez, a política tenta dizer que é possível defender a prática sem mudar a fé.
Segundo ela, as pessoas não precisam mudar ou abandonar sua fé ou “crenças profundas” para “concordar que o governo não deve dizer a uma mulher o que fazer com seu corpo”.
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A fala foi feita durante uma resposta sobre o papel de Wisconsin nas próximas eleições de meio-termo. “Wisconsin ajudará a decidir o futuro de nosso país e é isso que Wisconsin faz. Quando olhamos para o direito de uma mulher de tomar decisões sobre seu próprio corpo”, afirmou.
Por isso, Harris indica a necessidade de ter senadores democratas pró-aborto no senado daquele estado. “Precisamos de duas cadeiras adicionais no Senado, uma das quais será Mandela Barnes para dizer, escute, vamos parar de brincar de política com os corpos das mulheres”
Aborto x cristianismo
Nos Estados Unidos e no Brasil está cada vez mais frequente falar que o aborto é uma defesa anti-cristã. A Bíblia diz que nossos dias estão contados desde a concepção (Salmo 139:16) e um dos mandamentos bíblicos é não matarás.
Nas eleições norte-americanas e também nas brasileiras o assunto sempre entra em pauta e acaba sendo utilizado para conquistar o voto dos cristãos.
A pastora Helena Tannure falou sobre o assunto durante um evento para mulheres. Ela indicou a importância de eleger políticos que sejam contra a prática.
A visão de que a interrupção da gravidez é pecado e desagrada a Deus é praticamente uma unanimidade entre toda a comunidade cristã, incluindo católicos e protestantes. Seitas progressistas, porém, aceitam a questão.