As eleições deste ano teve recorde de candidatos com denominações evangélicas como pastores, pastoras, bispos, bispas, missionárias, missionários e reverendos.
Mas muitos líderes religiosos, cantores e pregadores famosos resolveram disputar uma vaga nas Assembleias Legislativas ou no Congresso Nacional sem usar os títulos eclesiásticos, aumentando assim a participação de evangélicos na política.
Com o resultado das urnas deste domingo (2), a notícia não foi positiva para a maioria deles. Nomes fortes dos segmentos evangélicos e pastores populares ficaram de fora por não conquistarem votos suficientes para se eleger.
Este foi o caso da cantora Cristina Mel, uma das principais vozes da música gospel nacional com mais de 30 anos de ministério.
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Cristina se filiou ao União Brasil para ser deputada federal pelo Rio de Janeiro. A cantora, porém, teve 23.936 e não conseguiu uma cadeira na Câmara dos Deputados, pois a média de votos não foi suficiente.
“Gostaria de agradecer a cada um de vocês que, com muito amor e confiança, votaram em mim nessas eleições. Foi lindo ver o sorriso de vocês, abraços, palavras doces que marcaram profundamente minha alma. Foi uma campanha linda”, disse ela nas redes sociais.
Outros nomes importantes para o segmento religioso que não conseguiu a vitória nas urnas foram: Gisele Nascimento, Shirley Carvalhaes, Bruna Olly, Sandro Nazireu, pastor Júnior Trovão, Sérgio Lopes, Jota Netto, Marcelo Aguiar, Samuel Santos, Cantora Beatriz, Mattos Nascimento, Samuel Mariano e muitos outros pastores e cantores.
Pastores disputaram o Senado Federal
Entre eles estava também o pastor Nelson Júnior, do movimento Eu Escolhi Esperar, que tentou se eleger a senador. Ele foi candidato pelo Espírito Santo, contudo, teve 11.787 votos.
“Aceitamos esse desafio debaixo de uma orientação, permanecemos nela obedientes até o final, sem nos permitir corromper, seja por dinheiro, benefícios próprios, interesses pessoais ou poder”, escreveu o pastor ao agradecer pelo apoio.
“Conosco, fica a gratidão pelo apoio de cada um que nos acompanhou, o sentimento de dever cumprido para aquele que nos chamou e a quem governa as nossas vidas”, completou Nelson que perdeu a vaga para Magno Malta que volta a ser senador da República.
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Nelson não foi o único entre pastores a tentar uma vaga no Senado. O pastor Guaracy Junior tentou pela segunda vez ser eleito no Amapá, mas não consegui se eleger.
Ligado à Igreja do Evangelho Quadrangular, ele é filho do pastor Guaracy Silveira, do Tocantins, que é suplente da da senadora Kátia Abreu.