Evangélicos que buscam informações de seus líderes religiosos sobre como obter a vacina Covid-19 tiveram uma probabilidade significativamente menor de serem vacinados.
É isso que diz um estudo realizado pela Virginia Commonwealth University (VCU) que conversou com 531 cristãos evangélicos auto-identificados nos Estados Unidos.
Segundo a pesquisa, quando os evangélicos conversavam com profissionais da saúde e não com líderes religiosos, o número de aceitarem a vacina aumentava.
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“Os cristãos evangélicos estão entre os mais hesitantes em receber a vacina Covid-19”, disse Jeanine Guidry , Ph.D., professora associada da Richard T. Robertson School of Media and Culture na Faculdade de Humanidades e Ciências e diretora do Laboratório de Mídia+Saúde.
“[Descobrimos] que o contato com profissionais de saúde e clérigos para essa população em particular é absolutamente importante, e eles parecem importar em direções opostas”, revelou ela segundo o site da universidade.
A pesquisa serviu como base para o estudo intitulado “Entre os profissionais de saúde e o clero: evangélicos e a hesitação da vacina Covid-19” [tradução livre] que será publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health.
Estudo sobre a vacina servirá para análises futuras
O estudo vai explorar as diferenças demográficas; crenças de saúde e variáveis baseadas na fé entre cristãos evangélicos que já receberam o imunizante Covid-19; aqueles que não estavam dispostos a receber uma vacina Covid-19; aqueles que estavam indecisos e aqueles que planejavam receber a vacina.
O objetivo era entender melhor as crenças e barreiras das vacinas de evangélicos auto-identificados e fornecer uma base para pesquisas futuras destinadas a melhorar a aceitação da vacina nessa população.
“Espero que isso nos ajude não apenas a criar mensagens melhores. E criar melhores relações de confiança relacionadas à vacina Covid, mas também a outras vacinas”, disse Guidry.
A especialista entende que este estudo pode servir para acompanhar as decisões de saúde feitas por este grupo de religiosos. Ele também pode ser usado para acompanhar outras campanhas de vacinação como gripe e HPV.