Em uma sociedade cada vez mais sexualizada, falar sobre castidade é enfrentar um tabu que é conversar sobre sexo nas igrejas e ainda comprar briga com grupos progressistas que consideram a ideia de sexo após o casamento um retrocesso moral à revolução sexual iniciada nos anos 1960.
Inúmeros movimentos tentam mostrar a importância de evitar o contato sexual até o casamento. Entre eles os mais famosos como o projeto “Eu Escolhi Esperar” (EEE) e “Não Morda a Maçã”.
“Apesar de a Igreja acreditar que os jovens estão se guardando, infelizmente eles não estão. A cada 10 jovens solteiros hoje, sete já não são mais virgens e pelo menos a metade dos que ainda são não se preservará sexualmente até o casamento, ou seja, sabe que não deve fazer, mas não consegue segurar as tentações”, disse o pastor Nelson Junior, do EEE, em entrevista à revista Comunhão.
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E o pastor está correto. Poucos são os jovens cristãos que realmente seguem este conselho pastoral. Segundo uma pesquisa do Invisible College, em parceria com o Benditas Blog, 53,22% das mulheres cristãs brasileiras não se casaram virgens. A mesma pesquisa mostrou que 40,49% delas disseram que esperaram até o casamento para ter relações com seu esposo, 5,44% não souberam informar se eram ou não virgens e outras 0,84% não responderam a questão.
“Os jovens evangélicos no Brasil têm uma vida sexualmente ativa, bem parecida com a daqueles que não conhecem os princípios da Bíblia. Está na hora de a Igreja ser mais transparente na transmissão desses princípios, sobretudo os pais, que não preparam os filhos para encararem a malícia do mundo”, lamenta o pastor.
Alerta aos jovens
Nelson Junior pede que as igrejas voltem a ensinar aos jovens sobre o assunto que é tão importante para a vida pessoal e emocional deles.
“Temos que quebrar esse tabu dentro da Igreja, que tem sido puritana, e puritanismo aparenta pureza, mas não é. Tem fachada de santidade, mas por dentro está podre. Não falar, não tocar no assunto e não discipular sobre essas coisas só faz perpetuar a imoralidade sexual escondida debaixo dos panos”, comentou.