Faltando poucos dias para o primeiro turno das eleições, líderes evangélicos declaram seus votos através das redes sociais e mostram como a busca pelo eleitorado evangélico está acirrada entre os dois principais candidatos à Presidência da República.
O atual presidente, Jair Bolsonaro, conta com o apoio das principais lideranças do país, incluindo as duas principais convenções das Assembleias de Deus que são o Ministério Belém e o Ministério Madureira.
Enquanto isso, o ex-presidente Lula mantém o apoio de igrejas tradicionais com parte da Igreja Batista e a da Igreja Metodista, além de ministérios menores.
Ricardo Gondim apoia Lula
Pelo Instagram, o pastor Ricardo Gondim, da Igreja Betesda de São Paulo, declarou voto a Lula e postou uma foto ao lado do petista.
“Entendo que Lula representa, na atual circunstância, a única (e talvez última) possibilidade de desmontar o avanço desse sistema que o atual presidente representa; ele legitima a iniquidade”, escreveu Gondim.
Luciano Subirá apoia Bolsonaro
Outros líderes, porém, se pronunciaram em favor de Bolsonaro. Entre eles o pastor Luciano Subirá, da Igreja Alcance Curitiba, gravou um vídeo dizendo que reeleger o presidente é a única forma de impedir o retorno do Partido dos Trabalhadores.
“Meu voto vai para Bolsonaro. Se você não considera a melhor opção, no mínimo eu te garanto: é a menos pior. E vou desde o primei ro turno. Porque não vou arriscar, não vou brincar e transferir essa decisão para mais ninguém”, disse o pastor.
Hernandes Dias Lopes critica uso dos púlpitos
Além das redes sociais, o debate político também ganhou o púlpito de algumas igrejas, mas há líderes que criticam usar o lugar sagrado para abordar o assunto.
O pastor Hernandes Dias Lopes, da Igreja Presbiteriana, é um deles. Em um vídeo, ele declara que o púlpito não deve servir de palanque para políticos.
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“Primeiramente, eu entendo que a igreja não pode ter uma posição político-partidária. A igreja não é um curral eleitoral. O púlpito não é um palanque. Não temos votos de cabresto. O povo de Deus deve ser um povo esclarecido. A Igreja de Deus lida com princípios e valores. Aí, sim. A igreja precisa se posicionar”, declarou.