Depois de causar polêmica por defender que o cristão precisa mudar de postura em relação aos evangélicos homossexuais, o pastor Ricardo Gondim, da Igreja Betesda, em São Paulo, voltou a ser assunto ao declarar o voto para presidente a Luís Inácio Lula da Silva (PT).
Em seu perfil no Instagram, o líder religioso justificou a escolha e teceu fortes críticas a Jair Messias Bolsonaro (PL), atual candidato à reeleição e que, segundo pesquisas, tem a maior parte do apoio do público evangélico para o pleito.
“O atual presidente é culpado diante de Deus. Na realidade cruel em que vivemos, seu “e daí?” debocha do próprio Deus. O presidente privilegiou sua família e seus comparsas e não teve como responder a Miqueias: “Poderia alguém ser justo com balanças desonestas e pesos falsos”?, disparou.
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Com isso, o pastor revelou o voto ao principal concorrente de Bolsonaro na corrida presidencial.
“Nessa encruzilhada histórica, abro meu voto. Busco ajudar os indecisos. Entendo que Lula representa, na atual circunstância, a única (e talvez última) possibilidade de desmontar o avanço desse sistema que o atual presidente representa; ele legitima a iniquidade”.
Por fim, ele crítica o que entende ser a influência de outros líderes religiosos em votar em Bolsonaro. “Apelo: vote sem medo dos líderes religiosos que promovem pânico moral. Não tenha medo de ameaça espiritual”, concluiu.
Repercussão
Em seu Twitter, Gondim afirmou que perdeu muitos seguidores após o posicionamento. Em suas redes sociais, aliás, ele recebeu manifestações positivas e contrárias à sua posição política.
“É 13 sem medo de ser feliz e parabéns pela coragem. Isso é para poucos 👏👏👏👏👏👏. Tmj meu caro amigo❤️”, disse um dos seguidores do pastor.
Por outro lado, outro internauta postou o seguinte: “Quebra os princípios bíblicos e ainda encontra quem defende”.
A eleição presidencial será no próximo domingo, 2 de outubro. Inclusive, caso a decisão não venha no primeiro turno, o novo presidente será decidido em 30 de outubro.
A seguir, você pode conferir uma fala do reverendo Hernandes Dias Lopes, que responde exatamente sobre pastores declarados “de esquerda”.