Muitos fiéis estão insatisfeitos com a posição política de seus pastores diante da eleição presidencial que se aproxima.
Os principais líderes evangélicos estão apoiando a reeleição do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), por conta da defesa de pautas morais que tanto são importantes para os cristãos.
Ainda assim, há um pequeno grupo de líderes que preferem o ex-presidente Lula (PT) por conta dos projetos sociais realizados em seus governos entre os anos de 2003 e 2010.
Membros de igrejas que apoiam Bolsonaro tentam resistir à influência, muitos até se afastaram dos cultos segundo reportagem da Folha de São Paulo.
Veja também: Como vencer o vício da pornografia
“Muitos deixaram de ir aos cultos, e tivemos uma reação dos fiéis demonstrando desconforto com a discussão eleitoral nos templos. O evangélico quer ver seus valores na política, mas não concorda com a campanha eleitoral nas igrejas”, diz o diretor do Observatório Evangélico, Vinicius do Valle.
A rejeição, porém, é de um grupo minoritário. As pesquisas de intenção de voto comprovam que para a maioria dos evangélicos, Bolsonaro é a opção.
Segundo a pesquisa Ipec, de 19 de setembro, mostrou Bolsonaro com 48% das intenções de voto entre os evangélicos. Lula cresceu seis pontos, atingindo 32%.
Por que o voto dos evangélicos importa?
Os evangélicos foram importantes para decidir as eleições de 2018. Naquele ano, a principal liderança também apoiou Jair Bolsonaro.
Esse eleitorado representa 31% da população (cerca de 65 milhões de pessoas), segundo pesquisa Datafolha de 2020.
O recorte das denominações também é relevante, pois dentro desse montante de evangélicos, a maioria (60%) é membro de uma igreja pentecostal. A principal delas é a Assembleia de Deus que – em suas duas principais convenções – está aliada ao candidato à reeleição.
A Assembleia de Deus Ministério Belém, ligada à Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), e a Assembleia de Deus Madureira, da Convenção Nacional das Assembleias de Deus Ministério Madureira (CONAMAD) são as duas maiores convenções assembleianas e já declararam apoio a Jair Bolsonaro.
