O dom de línguas divide opiniões entre muitas igrejas evangélicas. Denominações aceitam e outras condenam a prática. Mas afinal, o que a Bíblia diz sobre falar em línguas?
A primeira vez que alguém falou em línguas foi no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado sobre os apóstolos (Atos 2: 1-2). Naquele dia, apóstolos falaram sobre o Evangelho às multidões em Jerusalém, e o que eles disseram poderia ser entendido por pessoas que falavam muitas línguas diferentes.
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Em 1 Coríntios 12 e 14 o apóstolo Paulo fala mais sobre este dom, mas dessa vez como uma linguagem incompreensível que ninguém entende.
O que lemos nas cartas paulinas é que o dom de falar em línguas foi um dos muitos dados aos crentes para ajudar na edificação do corpo de Cristo, que é a Igreja.
O que dizem as igrejas que não concordam?
A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma das denominações que não compreende o dom de línguas como algo possível nos dias atuais, apenas para o período apostólico.
A discussão teológica é longa e antiga, há escritos de Calvino contrário aos dons e sua aplicabilidade no culto. O principal ponto é a função das línguas em um culto público.
Entre as funções bíblicas estão demonstrar o juízo de Deus, ajudar a divulgar o Evangelho ou para usar para revelar uma profecia.
Igrejas que concordam com o dom de falar em línguas
As igrejas pentecostais fazem parte do segmento que apoiam, incentivam e ensinam o dom de falar em línguas.
Para eles, falar em línguas não compreendidas é um sinal do batismo no Espírito Santo. Essas denominações, como a Igreja Assembleia de Deus, por exemplo, entendem que este dom é usado para adorar a Deus e para trazer profecias.