Recentemente, o pastor Rodrigo Mocellin, da Igreja Resgatar de Guaratinguetá (SP), gravou um vídeo dizendo que ansiedade não é doença, mas um pecado cometido pela pessoa que fica ansiosa por não acreditar realmente no poder de Deus. O assunto das doenças emocionais ainda é um tabu para muitos evangélicos. Mas aos poucos as denominações começam a entender que as dores da alma são tão reais quanto as do corpo.
Em razão do Setembro Amarelo, que visa conscientizar sobre suicídio, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) lançou uma campanha reconhecendo a importância da prevenção.
Veja também: Aumento de divórcios no Brasil também atinge público evangélico
O foco do vídeo foi para os pastores, grupo que tem enfrentado grandes problemas emocionais. Há anos os casos de suicídios entre líderes religiosos têm sido analisados.
O projeto é o início de uma série de vídeos que vão tratar sobre as emoções de um líder, sua vida emocional. As produções ressaltam que pastor tem alma, sentimentos, passa por tentações e muitas provações. No primeiro vídeo ele fala sobre o tema: Suicídio entre Pastores.
A entidade Sepal (Servindo Pastores e Líderes) já lançou uma série de reflexões para ajudar lideranças evangélicas a procurarem ajuda médica para problemas como depressão e ansiedade.
O motivo para esta ação foi justamente a quantidade assustadora de pastores que tiraram suas próprias vidas.
Leia mais: Cultos online atraem multidões, mas geram polêmica entre pastores
De acordo com o Instituto Schaeffer, “70% dos pastores lutam constantemente contra a depressão, 71% se dizem esgotados, 80% acreditam que o ministério pastoral afetou negativamente suas famílias e 70% dizem não ter um amigo próximo”.
A causa mais comum noticiada para o suicídio de pastores e líderes é a depressão. A doença é associada ao esgotamento físico e emocional, traições ministeriais, baixos salários e isolamento por falta de amigos.